
the freedom of outer lives come in
Just like the moon inside
Just like the moon
And me.
O circo está armado em qualquer lugar e em lugar nenhum. Quem fala é o apresentador, mágico, palhaço e também malabarista! Do centro do picadeiro e, vejam! As luzes da ribalta! Ou será o sol nascendo? Aqui estamos abertos num momento de nuance entre o crepúsculo e a alvorada. Bom espetáculo a todos.
Versos de Miguel das Sete Estrelas (violeiro do Circo...)
Estradeiro, divino cavalo no caramanchão
Deixou velha vida de trovas e doce cantar
Cansou da viola afinada de alegre canção
E pôs-se à beira da estrada, horizonte ganhar.
Cansado da lua, da noite, do mundo e da morte,
Saiu a galope buscar apenas solidão
Pois como na vida quem sabe é só Deus ou a sorte
Se viu necessário nas trilhas fazer o bordão...
Mas a verdade é que a donzela que o esperava
trocou a sua viola e o seu coração
não queria do amor ser mais uma escrava
e não sabia que não há mais bela escravidão...
Foi quando o estradeiro divino descobriu a sina
Que as asas de arcanjo em serpente viriam contar
E aquela donzela sonhosa com olhar de menina
Faria na vida e no mundo não ter mais o que olhar
E assim feito um pássaro, um anjo, desistiu das asas
E como o Assum-Preto da história de triste cantar
Não mais a donzela tão linda veria em sua vida...